Resenha: Asylum, de Madeleine Roux

Autora: Madeleine Roux
Editora: V&R
335 Páginas

Sinopse: Para Dan Crawford, 16 anos, o New Hampshire College Prep é mais do que um programa de verão – é uma tábua de salvação. Um pária em sua escola, Dan está animado para finalmente fazer alguns amigos em seu último verão antes da faculdade. Mas, quando ele chega no programa, Dan descobre que seu dormitório para o verão costumava ser um sanatório, mais comumente conhecido como um asilo. E não apenas qualquer asilo — um último recurso para criminosos insanos.À medida que Dan e seus novos amigos, Abby e Jordan, exploram os recantos escondidos de sua casa de verão assustadora, eles logo descobrem que não é coincidência que os três acabaram ali. Porque o asilo é a chave para um passado terrível. E existem alguns segredos que se recusam a ficar enterrados. Compre o livro aqui.

Oi gente! Sexta-feira treze e uma história com um pequeno toque de terror. O livro de hoje tem uma leitura leve e fácil, uma história realmente focada para o infanto-juvenil. Quando comecei a lê-lo não sabia que era uma trilogia, como achei a história legal pretendo continuar se houver oportunidades. O segundo livro ainda não foi publicado no Brasil, então talvez eu leia o e-book em inglês.

O narrador protagonista dessa história, Daniel Crawford é mais um novo aluno do New Hamphire College, um alojamento para alunos que ainda estão no ensino médio com vários cursos diferentes e com duração de cinco semanas. Nesse curso, os alunos podem fazer várias matérias diferentes, quase no nível de faculdade.

"Era uma casa destinada aos que não sabiam se cuidar sozinhos, aos que ouviam vozes, tinham pensamentos estranhos e tomavam atitudes estranhas. A função da casa era mantê-los lá dentro. Os que ali entravam jamais saíam."

O único problema é que há um mistério com o alojamento deles, pois o estabelecimento oficial do colégio está em reforma e então os alunos estão se instalaram em Brookline, o principal edifício da instituição de saúde mental desativada na década de 70.

"O Brookline causa um certo efeito nas pessoas,
sempre causou. [...]
 Se você ouvir todos os dias que é maluco,
provavelmente vai acabar ficando."

O colega de quarto de Daniel o conta que tem uma porta no edifício que ele entrou, mas que tem uma placa que proíbe a entrada no recinto. Esse colega, Félix, diz que encontrou fotografias e documentos antigos da época do manicômio. 

Dan quando faz amizade com Abby e Jordan, cita o que seu colega falou só para puxar assunto, mas Abby se anima e os três acabam indo na mesma noite explorar esse local tão estranho. A invasão dos três desencadeia vários acontecimentos, e eles percebem que a presença deles não é mera coincidência.

Não senti muita profundidade nos personagens, talvez por se conhecerem a pouco tempo não senti laços reais entre os três. Queria que Jordan fosse mais abordado, pois seu humor é bem confuso e sua família é um pouco complicada. Abby é bem abordada, uma grande artista que na maioria das vezes está bem alegre, porém ela é muito impulsiva, teimosa(novamente personagens femininas irritantes) e às vezes me pareceu fútil. Dan, sem nenhum motivo se tornou possessivo na história, acho que o excesso de carência nele foi desnecessário.

A edição do livro é muito boa e a capa é ótima. O mais interessante é que há várias fotografias quando um local, uma foto ou um bilhete são citados. No caso dos bilhetes e páginas de cartas, as imagens tem caligrafia bem reais mesmo, gostei bastante desses detalhes. As fotografias que aparecem em relação ao manicômio são montagens com base em imagens de manicômios reais.

Bom, o livro faz parte de uma trilogia então é pouco difícil falar do que está faltando, sendo que há mais dois livros pela frente. É um livro bom, mas não é assustador, há pitadas de mistérios com alguns aspectos que poderiam ser assombrosos, porém o foco da autora era o infanto-juvenil.

São vários pontos que ficaram em aberto, porém me deixaram com um pouco de vontade de continuar para descobrir. A trama não me deu medo, achei estranha ainda mais que é narrada em 1ª pessoa, comecei a duvidar do que o personagem pensava ou fazia, me deixou em dúvida do que era ou não real na história, mas nada que me deixou apreensiva.

"Em um mundo de enlouquecidos
os loucos se tornam os únicos sãos."

Ao meu ver o livro não é terror, tem toques de suspense e é uma narrativa legal e bem fluída, vou procurar mais sobre o segundo livro, Sanctum. O terceiro ainda não foi publicado nos Estados Unidos. Acho que o ponto forte do livro são as imagens que conseguem ilustrar bem os acontecimentos, fazendo com que os leitores fiquem mais imersos e situados na trama.

Dei quatro raios para o livro, porque não é um livro ruim. Dou 3 raios para um livro que não gostei e 1 ou 2 para livros ruins, mas eu gostei desse livro mesmo ele não sendo o que eu esperava, que era terror. Acho que a capa e a edição nos dá a ideia de muito suspense e horror, por isso a minha pequena decepção.

Bom, espero que vocês tenham gostado da resenha. Se você já leu o livro, comente porque quero conversar com alguém sobre os personagens. E se você gostou da história e da resenha, comente também! hahaha :D

Ah, como li esse livro em 2015, ele se encaixa em duas categorias do Desafio Literário, que são: 

• 8) Um livro escrito por uma mulher.
• 12) Um livro emprestado.

E lembrem-se: foca na leitura!