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25 de outubro de 2014

Resenha: O Doador de Memórias, de Lois Lowry

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O Doador de MemóriasAutor: Lois Lowry
Editora: Arqueiro 
192 Páginas

Sinopse: Em O Doador de Memórias, a premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existem dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína. Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente. Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.
Hey pessoal! Depois de um tempinho ocupadas com os projetos da escola, estamos de volta! E hoje venho resenhar para vocês o livro "O Doador de Memórias", que tem feito sucesso recentemente, o primeiro volume da série "Quarteto o Doador". Trata-se de um livro antigo que foi lançado nos EUA em 1993, mas só veio para o Brasil em 2009, com o titulo "O Doador". Porém, foi relançado este ano pela Arqueiro com o titulo "O Doador de Memórias", devido ao filme que foi lançado em setembro.

Bom, nessa história conhecemos um menino chamado Jonas, que vive numa comunidade que caiu no que eles chamam de "Mesmice", onde não há lembranças sobre o passado, portanto as pessoas não conhecem as cores, o sofrimento e muito menos o amor.

Tudo é controlado pelos Anciãos. As crianças são separadas por idade, e conforme elas vão crescendo, adquirem novas coisas. Por exemplo, quando se tornam uma Nove, ganham sua primeira bicicleta.

Nosso protagonista é um Onze, e está muito ansioso para se tornar um Doze, pois é nessa idade que todas as crianças recebem sua Atribuição, ou seja, uma profissão que exercerão até que fiquem idosos. Esta atribuição é decidida pelos Anciãos, que observam cada criança ao longo do tempo, e escolhem a que julgam melhor para elas. 

"Imagine se pudessem escolher seu cônjuge? E escolhessem errado? - E prosseguiu, quase rindo da ideia absurda: - Ou se pudessem escolher o próprio cargo? (...) Muito assustador. Nem consigo imaginar. Temos realmente de proteger as pessoas das escolhas erradas."
Jonas não tinha a mínima ideia de qual seria a sua atribuição, e quando é designado a ser o novo Recebedor de Memórias, fica extremamente assustado. Tal pessoa era encarregada de guardar todas as lembranças de antes da Mesmice, assim as outras pessoas seriam privadas de qualquer lembrança ruim que pudesse-lhes causar sofrimento.

Depois da cerimônia, Jonas, assim como todas as outras crianças, começa seu treinamento. Ele conhece o antigo recebedor, o Doador, que agora está encarregado de transmitir todas as memórias a ele.

Então, pouco a pouco, Jonas começa a enxergar as cores; a receber memórias que lhe causam dor e angustia, como as de guerra e fome, e as alegres, como descer de trenó uma colina de neve. Conforme ele se aproxima mais do Doador, ele percebe que a comunidade em que vive não é tão perfeita assim como ele imaginava. 

"O pior de ser quem guarda as lembranças não é a dor que se sente. É a solidão. As lembranças precisam ser partilhadas."
O Doador de Memórias tem um excelente enredo. A história pode parecer complexa por se tratar de uma falsa utopia, mas a autora consegue explicar muito bem, ao longo do livro, o modo de vida dessa comunidade, de maneira simples e fácil. Mas como nem tudo é só maravilhas, confesso que me incomodou muito a forma que a história termina, foi muito de repente.

É uma ótima leitura. Espero ansiosamente o segundo livro da série, Gathering Blue, que tem lançamento previsto para novembro deste ano.

Foca na Leitura!
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2 comentários

  1. Adorei a resenha! A história é mesmo muito boa, e por várias passagens fiquei refletindo se realmente não seria melhor se vivêssemos num mundo como aquele, na paz, sem sofrimento; mas o que seriamos de nós sem sentimentos, né?

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br/
    Vem conferir o Especial de Halloween que tá rolando na Caverna!

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    Respostas
    1. Oi Carol, fico feliz que tenha gostado da resenha. Durante a leitura também pensei muito como seria se fosse realidade.
      Adorei seu blog (já estou seguindo haha) e também o especial de Halloween.

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