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3 de setembro de 2015

Resenha: Peter Pan Tem Que Morrer, de John Verdon

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Autor: John Verdon
Editora:
Arqueiro

400 Páginas


Sinopse: Peter Pan Tem que Morrer traz de volta o detetive Dave Gurney, protagonista de Eu Sei o que Você Está pensando, Feche Bem os Olhos e Não Brinque com Fogo. “Uma sofisticada trama de suspense que os aficionados por mistério adorarão tentar resolver. Com um enredo tenso, cheio de intrigas inimagináveis, Peter Pan tem que morrer desafia a inteligência do leitor até sua dramática e espantosa conclusão.” – Library Journal. No mais tortuoso romance policial escrito por John Verdon, o especialista em mistérios David Gurney dedica sua mente brilhante à análise de um assassinato terrível que não pode ter sido cometido da forma como os investigadores responsáveis pelo caso afirmam que foi. Detetive aposentado do Departamento de Polícia de Nova York, ele precisa cumprir uma espinhosa tarefa: determinar a culpa ou a inocência de uma mulher condenada pela morte do próprio marido. Ao descascar as diversas camadas do caso, Dave logo se vê travando uma perigosa guerra de inteligência contra um investigador corrupto, um cordial e desconcertante chefe da máfia, uma jovem linda e sedutora e um assassino bizarro que tem a altura e os traços de uma criança – aparência que lhe rendeu o apelido de Peter Pan. A uma velocidade assombrosa, reviravoltas assustadoras começam a ocorrer e Dave é sugado com força cada vez maior para dentro de um dos casos mais sombrios de sua carreira.
Olá pessoas, mais um livro bem legal de parceria! A história de hoje é de um dos livros da série Dave Gurney, que nesta história já está aposentado de sua carreira de detetive do Departamento de Policia de Nova York. Mesmo afastado das investigações criminais ainda gosta de viver nesse mundo.

Eu conhecia outro livro do autor, o "Feche Bem Os Olhos", somente pela capa e só depois que recebi o livro da Editora Arqueiro que vi que era uma série e este na verdade é o quarto livro dela.


Dave Gurney é um especialista em investigações criminais em casos misteriosos, tendo uma mente brilhante para desvendar assassinatos. Ele gosta de analisar todo o ambiente, acontecimentos e testemunhas para ter certeza de sua ações, um tipo de personagem que me agrada pois sou fã do famoso personagem Sherlock Holmes.

"...os padrões que percebemos são determinados pelas histórias em que desejamos acreditar."
A narrativa é em terceira pessoa com narrador onisciente e a trama começa com o Dave em sua casa no interior, com uma vida mais tranquila vivendo com sua mulher. Porém, seu antigo colega de trabalho Jack Hardwick aparece na residência e pede ajuda para resolver um caso que é difícil, pois houve vários erros legais na conclusão.

Como já citei, esse livro é o quarto de uma série e os acontecimentos do anterior influenciam este. Um deles é que Hardwick ajudou Dave em um outro caso complicado e esse auxílio de informações secretas era tecnicamente proibido e que custou sua carreira. Como Jack iniciou o emprego de detetive particular, Dave sente que deve a ele essa ajuda.

Assim, Dave entra nesse novo caso com o suposto pretexto de que ele tem uma dívida com seu colega, mesmo com sua esposa, Madeleine, não gostando de sua entrada nesse novo ato, com medo dos riscos e afirmando que ele arranja desculpas para ingressar-se no perigo. 

"...não conseguiria dar as costas a um desafio como ao caso Spalter, assim como um alcoólatra não conseguiria se afastar de um martíni depois do primeiro gole."
Esse caso é do assassinato de Carl Spalter, um homem muito rico que pretendia inciar uma carreira política como governador, ou seja, um indivíduo influente e que, consequentemente tinha inúmeros inimigos. Carl foi assassinado no enterro de sua mãe com um tiro na cabeça, minutos antes de começar o discurso de homenagem à ela. 

Sim, esse homicídio além de ter ocorrido em um lugar inusitado, as relações íntimas com as pessoas próximas a vítima não eram das melhores: ele e seu irmão Jonah dividiam a herança que o pai os deixou, várias empresas e edifícios que não podiam ser administrados somente por um irmão, pois o testamento exigia o consenso de ambos; Carl tem uma filha, Alyssa, que é dependente de drogas e só mantinha o contato por causa do dinheiro; para manter sua futura vida política tinha envolvimento com pessoas da máfia; e por fim, Kay Spalter, sua esposa que o traia e queria o divórcio.

Portanto de inicio já temos esse número de suspeitos, óbvio que outros relevantes aparecem, mas não vou citá-los para não deixar a resenha tão grande. Porém a esposa, Kay foi acusada do assassinato, pois não estava presente no enterro. No entanto, quando Dave e Jack analisam todos documentos do caso percebem que há vários furos de acontecimentos e informações que não batem.

Jack tinha como objetivo a vingança contra o departamento que o demitiu, mostrando os erros do investigador Mick Klemper para acusá-lo de obstrução de Justiça. Contudo, Dave ao contrário de seu colega, decide investigar o caso desde o início, visitar a cena do crime e o local do disparo além de entrevistar as testemunhas para ter uma melhor visão, pois percebeu que aquilo era muito maior do que parecia.

Dave rapidamente percebeu que Kay não teria a capacidade de criar um homicido tão complexo e que o mais provável é que alguém que conhecia a vítima contratou um assassino profissional para cumprir o ato.

" - O que você mais precisa saber sobre ele, a coisa mais importante, é o seguinte: ele é duas pessoas. Uma delas é precisa, exata, faz tudo de um determinado modo. A outra é maluca pra caralho."
Eu particularmente não gostei do assassino, não achei o Peter Pan em si tão assustador quanto o autor queria. Ele nos conta aspectos sobre o passado dele que o influenciaram  nas atitudes psicopatas, até com trechos de músicas infantis macabras na trama para demonstrar esses problemas psicológicos que esse criminoso tem.

"Mas o autoconhecimento não é um remédio terapêutico. Saber quem você é não lhe dá automaticamente o poder para mudar."
O Dave é um bom personagem porém sua motivação atual para se entregar tanto ao ponto de correr risco de vida, não foi convincente para mim ou eu simplesmente não gostei. Novamente esta relacionada por um provável acontecimento dos outros três livros, então não vou especificar, mas ele se culpa tanto por algo do passado que esquece das pessoas que se preocupam tanto com ele no presente. Seu pensamento é egoísta, pois utiliza esse remorso para se arriscar cada vez ao máximo para encontrar criminosos.

O que eu realmente gostei foi o desfecho de: Quem é o assassino? Quem contratou Peter Pan? Até o penúltimo capítulo do livro eu estava com o pensamento de que não tinha gostado do fim, porque eu não tinha gostado do Peter Pan e dos motivos de quem o contatou para tal, mas quando cheguei no último capítulo ele abriu minha mente e eu achei interessante.

Não é um livro cinco estrelas, mas dei quatro porque foi uma leitura que me fez tentar adivinhar qual era o mistérios e livros em que você pensa junto com o narrador ou personagem principal para tentar desvendar tudo antes deles são, em sua maioria, bem legais.

É uma trama que tem tantos suspeitos possíveis que eu fiquei pensando: "Quem pode ser??". E quando cheguei no fim fiquei: "Estava na minha cara e eu não vi! Meu Deus!" (rs)

"O que era tão difícil no atentado contra Spalter? O que o fazia parecer tão impossível?"
Espero que vocês tenham gostado da resenha, se já leu o livro ou outro do autor comente aqui! E se você nunca leu e tem vontade, comente também! (rs)
E lembrem-se: foca na leitura!
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