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29 de junho de 2015

Resenha: As Espiãs do Dia D, de Ken Follett

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Autor: Ken Follett
Editora: Arqueiro 
440 Páginas 

Sinopse: Segunda Guerra Mundial. Na fúria expansionista do Terceiro Reich, a França é tomada pelas tropas de Hitler. Os alemães ignoram quando e onde, mas estão cientes de que as forças aliadas planejam libertar a Europa. Para a oficial inglesa Felicity Clairet, nunca houve tanto em jogo. Ela sabe que a capacidade de Hitler repelir um ataque depende de suas linhas de comunicação. Assim, a dias da invasão pelos Aliados, não há meta mais importante que inutilizar a maior central telefônica da Europa, alojada num palácio na cidade de Sainte-Cécile. Porém, além de altamente vigiado, esse ponto estratégico é à prova de bombardeios. Quando Felicity e o marido, um dos líderes da Resistência francesa, tentam um ataque direto, Michel é baleado e seu grupo, dizimado.

Abalada pelas baixas sofridas e com sua credibilidade posta em questão por seus superiores, a oficial recebe uma última chance. Ela tem nove dias para formar uma equipe de mulheres e entrar no palácio sob o disfarce de faxineiras. Arriscando a vida para salvar milhões de pessoas, a equipe Jackdaws tentará explodir a fortaleza e aniquilar qualquer chance de comunicação alemã – mesmo sabendo que o inimigo pode estar à sua espera. As espiãs do Dia D é um thriller de ritmo cinematográfico inspirado na vida real. Lançado originalmente como Jackdaws, traz os personagens marcantes e a narrativa detalhada de Ken Follett. Compre o livro aqui.
O livro de hoje é de um período histórico que gosto bastante de estudar e além disso a história é inspirada em fatos reais. A trama se passa em poucos dias, inicia-se em 28 de maio de 1944. O Dia D que dá o título da obra foi em 6 de junho de 1944, o dia em que os Países Aliados desembarcaram nas costas da França e marcaram o início do fim da Segunda Guerra Mundial.

Felicity Claire, também conhecida como Flick, pertencia ao contingente feminino do Regimento de Enfermagem e Primeiros Socorros do Exército britânico, uma patente de fachada, já que seu verdadeiro posto era de espiã na Executiva de Operações Especiais, uma organização que fazia sabotagens dentro das linhas inimigas.

"Flick sobrevivera porque era guerreira, pensava rápido e beirava a paranoia no cuidado que tinha com os procedimentos de segurança."
A Flick é uma mulher que consegue liderar um grupo pequeno de soldados que no inicio da trama tem que destruir uma comunicação telefônica alemã dentro da França, na cidade de Reims. Felicity e seu marido Michel estão com a missão de se infiltrarem nesse local de comunicação e destruir a linha telefônica, porém de um modo ofensivo, com o uso de explosivos e muitas armas de fogo. Essa ofensiva dá errado pois o MI6 (Serviço Britânico de Informações) não oferece informações corretas dos soldados alemães no local, o que causa muitas mortes e prisões no grupo que Flick lidera.

Essa rede comunicações era extremamente importante para os alemães, pelo seu grande reforço técnico e pelo fato de conseguir se comunicar com todas as outras redes da Alemanha. Para os Países Aliados (Inglaterra, França e EUA), a destruição dessa rede era importante para facilitar a entrada deles na França e nas outras áreas ocupadas pelos Países do Eixo.

Depois da derrota e da perda de muitos soldados, Felicity volta para a Inglaterra e pensa em um plano. Primeiramente furta um documento da faxineira do edifico de comunicações, e sua ideia é conseguir mais cinco mulheres que  junto com ela vão conseguir se infiltrar nesse prédio e destruir a rede telefônica e saírem ilesas da operação.

"Os dirigentes da Executiva de Operações Especiais ficariam desconfiados no início, já que nunca tinham despachado uma equipe só de mulheres para esse tipo de missão. Haveria inúmeros obstáculos. Mas quando é que não havia?"
Obviamente o plano de Flick não é bem recebido pelos superiores do MI6 e da Executiva de Operações Especiais, mas com muita insistência ela consegue. Dada a permissão, o maior dilema de Felicity é encontrar cinco mulheres inglesas que falam francês fluente e que de alguma forma saibam algo: uma especialista em explosivos, uma engenheira que entenda tudo sobre telefonia, uma ótima atiradora e mais outras duas que tivessem mais experiências em campo. Flick precisa encontrá-las em menos de dois dias, pois elas só terão no máximo mais dois dias de treinamento para irem à França e concretizarem a missão.

Por incrível que pareça, esse livro ocorre em uma semana. A Flick se divide em duas para encontrar essa mulheres com os contatos que tem, e sem tempo para escolher, quando arranja uma é aquela que vai mesmo! O pior é que são pessoas que não têm o mínimo de treinamento militar, então é preciso começar do zero com elas em menos de três dias! Uma loucura não é?

"Da praça veio o som de uma saraivada de tiros. Olhando pela janela, Dieter viu os corpos desfalecidos dos prisioneiros executados, os soldados baixando seus fuzis e uma multidão que os observava, muda e congelada."
O outro lado da trama também é contado, o dos alemães. O major Dieter Franck é um soldado nazista conhecido por ser extremamente habilidoso em investigações e torturas. Coincidentemente, ele estava presente no dia do primeiro ataque do grupo de Flick e fica estupefato com o grande poder bélico e força de vontade da equipe que tentou a invasão.

Dieter até aquele momento não fazia parte  da segurança das comunicações, mas a partir desse conflito, começa a desconfiar que uma tentativa de ocupação está próxima. O lado da narrativa de Dieter Franck é cruel, pois ele é um torturador muito inteligente no momento de fazer suas maldades: analisa a vítima, tenta descobrir o maior medo dela e utiliza isso em suas torturas. Essas cenas são fortes, há torturas com homens e até mesmo mulheres, então se prepare para essas partes.
"Dieter começou a se preparar para o que estava prestes a fazer. Precisava do máximo de frieza e distanciamento para levar a cabo seu interrogatório. Não podia se deixar emocionar pelo sofrimento físico e mental que dali a pouco teria de impingir àquelas pessoas."
A Felicity é uma mulher de aparência frágil, estatura pequena, loira de olhos claros, porém com uma personalidade forte. Para a época, era uma mulher que se comportava como homem, pois falava palavrões e levantava seu tom de voz em público. Ela não perde a feminilidade durante a história, só utiliza de tais atitudes para mostrar aos outros que não está ali para brincadeiras, para que deem o verdadeiro respeito que ela merecia.

Dieter rapidamente descobre quem Flick é e começa uma caça à ela por ser a líder, e não vai deixar uma mulher vencê-lo. Além de ela ser peça chave nas investigações, capturá-la irá trazer inúmeros benefícios. Tudo isso é somente o começo da trama; cheia de informações não é? Nas primeiras 50 páginas eu demorei para pegar o ritmo, mas depois que você se acostuma com esse modo frenético a leitura flui bem. Muitos nomes verdadeiros são citados, o que enriquece a leitura. 

Um dos nomes que são citados e que não tem muito a ver com a história é o Alan Turing. Para quem já assistiu ao filme "O Jogo da  Imitação" vai entender o porquê da minha citação aleatória (rs). E para quem não assistiu o recomendo muito, pois compreendemos bastante sobre o período e as dificuldades que o Alan passou, um cientista que inventou o primeiro computador :).



Espero que vocês tenham gostado da resenha e tenham se interessado pelo livro! Já o leu? Comente aqui embaixo, quero saber as opiniões de vocês!
E lembrem-se: foca na leitura!
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2 comentários

  1. Oi, já li o livro e gostei muito. Não assisti ao filme, mas com certeza eu o farei. Uma boa resenha!

    Aguardo sua visita! :)
    http://porredelivros.blogspot.com

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