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13 de julho de 2015

Entrevista: Autor Diego Martins Ribeiro

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1) Quando e como você teve a ideia de escrever o livro "O Clã dos Quatro Guerreiros”?

R: Desde a minha infância eu vinha tentando escrever livros, roteiros e histórias em quadrinhos - a maioria deles não concluídos. Acredito que todas essas histórias me levaram a Enoua. Foi em 2010 que tive a primeira ideia do que se tornaria a série, que, inicialmente, tinha muito mais de ficção-científica do que de fantasia.

2) Os personagens são baseados em pessoas que você conhece?

R: Essa pergunta surge com frequência, portanto, provavelmente, há um pouco das pessoas que conheço e de mim mesmo em meus personagens. Mas não fiz isso intencionalmente. Quando estou criando um personagem, penso no que espero que ele traga para a história, no seu papel, e aos poucos vou criando seus traços de personalidade, dentre outras características.
Eu acredito em meus personagens. Quando estou escrevendo, é como se eles tivessem vida própria.

3) Quando conversamos, você me disse que através do nome de um dos personagens do livro - Antônio Schulz - você quis homenagear o criador dos Peanuts, Charles M. Schulz. Por que quis fazê-lo? Qual a influência que o autor te trouxe?

R: Na verdade, o sobrenome Schulz também pertence a dois dos personagens principais, Beatriz e Henrique, filhos de Antônio – o que cai como uma luva, pois eles têm descendência alemã.
Eu gosto muito de inserir referências durante a história. E gosto ainda mais quando um leitor consegue encontrar alguma dessas referências e entende-la. Por exemplo, ao descobrir que sou aficionado por Peanuts, criação de Charles M. Schulz, você fez (corretamente) a ligação entre o sobrenome do cartunista e dos personagens.
Com relação à influência do autor, acho que coloco um pouco das questões humanas de seus personagens em tudo que tenho escrito desde que conheci seu trabalho - embora “O Clã dos Quatro Guerreiros” e o universo de Charlie Brown e sua turma fiquem em galáxias muito distantes.

4) Além do criador dos Peanuts, quais outros autores te influenciaram?

R: Há duas fases principais em minha vida como autor: antes de J. K. Rowling e depois de J. K. Rowling.

5) Você deixou muitas lacunas para os próximos livros da série. Quais são as expectativas?

R: Eu que pergunto. (risos) Quais são suas expectativas? Espero tê-los deixado com muita curiosidade, sem ter falhado em fechar o ciclo do primeiro livro. O que parecem lacunas são na verdade pontas soltas que deixei propositalmente. Gosto da forma como o primeiro livro irá se conectar com o restante da série. Particularmente, acho que o segundo livro será melhor, mas o primeiro é essencial para tudo o que acontecerá a seguir. Nada foi desnecessário.

6) Qual foi a maior dificuldade em publicar seu livro e o que você aconselha para novos autores?

R: Para os autores iniciantes é muito difícil ganhar a atenção das grandes editoras, que recebem semanalmente uma grande quantidade de originais.
Se você acredita que sua história está pronta para se aventurar em um mercado selvagem e cruel, saiba que existem diversas formas de publicar um livro, desde bancar toda a publicação, até convencer uma editora a apostar suas fichas em você, sem que você tenha que arcar com as despesas da publicação. Ambas as opções, e as diversas opções entre elas, podem ser válidas. Por exemplo, há autores que inicialmente publicaram seus livros independentemente e hoje são autores “best sellers” de grandes editoras. Cada uma das formas de publicação tem seus prós e contras.

7) Quais são as dificuldades que um autor nacional encontra hoje no Brasil?

R: O preconceito que muitos brasileiros têm contra a sua própria cultura.
Por exemplo, alguns leitores se sentiram “desconfortáveis” com os nomes brasileiros dos personagens em meu livro. Desculpem, mas não consigo encontrar outra justificativa para esse desconforto que não seja preconceito. Harry não é um nome bastante comum no Reino Unido? Por que meus personagens não podem ter nomes brasileiros, se eles são brasileiros? Por que eles não podem SER brasileiros?
Para alguns leitores brasileiros, há alguns quesitos que os fazem perder um pouco de interesse por um livro, como esse ter um nome de um brasileiro na capa.
Felizmente, encontrei muitos leitores que apreciam originalidade. Sou muito grato a eles.

8) Dê um alô para os leitores do blog!

R: Olá! Espero que tenham gostado da entrevista :) Sintam-se à vontade para me enviar suas dúvidas, sugestões e comentários através da minha página no Facebook ou site do livro (www.enoua.com.br).
Continuem lendo! Sempre.

E aí, o que acharam? Comentem aí que a gente gosta de saber e também confiram a resenha de o Clã dos Quatro Guerreiros que nós fizemos :)
Um beijo e foca na leitura!

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2 comentários

  1. Oii! Tudo bem? Não conhecia o autor ou o livro, mas adorei a entrevista!! Fiquei com vontade de saber mais sobre o livro.
    Beijos
    mundoemcartas.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Oi Markus,
      Procura sobre o livro sim, ele é bem legal, tem uma história bacana e divertida!
      Beijo.

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